Nas nossas rodas da manhã,
declamamos muitos poemas, hoje vamos aqui deixar aqueles que vamos mudar com a chegada do inverno.
Os poemas do outono acompanharam-nos por quase quatro meses.
Dois poemas de Luísa Barreto
Caem as folhas
Em cores de ferro e fogo
Sementes são vida, guardando vigor
E há labaredas, subindo e descendo
E há salamandras do fogo vivendo
E na luz de Deus se muda o calor
Outono
é um sono,
É morte um momento
Outono é vida virada para dentro
Chegando a uma forma mais alta de amor
Segundo Poema
A música já mal se ouvia
A luz desaparecia
As flores tinham murchado
A magia do verão sumira-se pelo chão
Outro tempo é começado
O chão de folhas coberto está de ouro atapetado
Silencioso, deserto
É o Outono dourado
... Mas eu tenho tanto sono
É tão pesado este outono